domingo, 23 de janeiro de 2011

Gostosa visita


Há dias não escrevo nada aqui. Não que estivesse pra baixo. Só não tinha ânimo para escrever, mas DEVERIA ter escrito algo, pelo menos, que minha amiga (ESPERANÇA) recupera-se muito bem a cada dia.
Hoje ela veio nos visitar, foram momentos ótimos, de pura descontração. E dançamos novamente Nat King Cole, porém sem música, o seu esposo estalava os dedos na batida daquela música... Foi muito bom, rimos muito. Tagarelamos como nunca, parecia que toda a vida não era suficiente para conversarmos. 
Relembramos fatos tristes e alegres. Analisamos o potencial de cada uma. Analisamos nossa amizade, tão... Sem puritanismo, sem cobranças. Uma amizade DESPIDA. Despida de preconceitos, de condições. Uma AMIZADE.
Hoje ela conheceu o blog, o qual eu falava tanto pra ela enquanto estava internada.
Tomamos uma sopa quentinha, isso já era acredito, 01:00h. E ríamos, como se o mundo estivesse acordado, ou melhor, sem nos importar com o mundo, pois só queríamos rir.
ESPERANÇA... Sabia que esse codinome cairia bem nela.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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Hoje estou no "8". Sei que a qualquer momento poderei estar no “80”, mas nesse momento...
Minha amiga está se recuperando, já está até sorrindo.
Nesse momento, quero tanto pôr pra fora o que sinto, mas a impressão é que nenhuma palavra é suficiente para expressar meus sentimentos. São tantas coisas a serem ditas, mas os pensamentos não conseguem entrar em ordem. Está tudo aqui dentro, preso, sufocado.
Encontro certo alívio quando leio Clarice Lispector, ela expressa o que eu sinto e não consigo descrever, por isso a amo.
Por que tenho que pensar tanto? Analisar tanto? Questionar tanto? Isso é bom? Se for bom, por que faz com que soframos? Sofro por analisar as entrelinhas; por analisar os gestos e olhares, pois depois de analisar, questiono. E parece que questionar tanto, incomoda as pessoas. Fatos antigos vêm à mente. Ah... Eles podem até ter passado despercebidos no momento, mas com certeza eu os analisarei, questionarei e... COBRAREI.
Como conviver comigo? Nem eu mesma me agüento! Rsrs...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

REAGINDO

Não consigo por enquanto, deixar de falar na minha amiga.
Hoje o dia foi de esperança, renovação... Ela saiu da UTI, foi pra enfermaria. Imaginem, o que ela mais queria era só um banho... Um banho! Dei um gostoso banho nela, e um sorriso apareceu em seu rosto. Ela dizia:” Sinto-me suja... Estou muito suja...”. Era só o que dizia.
Depois desse momento tão especial, ela conseguiu sorrir quando a fiz relembrar de dias atrás, quando ela puxou-me pra dançar Nat King Cole. Ela havia recém chegado de uma internação psiquiátrica, ainda estava meio “grogue”, mas queria dançar... Mesmo assim, enquanto dançávamos, ela disse: “Queria morrer.” E eu achei que era uma frase corriqueira. Deu no que deu. Mas, agora ela está “voltando”, e espero que seu coração possa estar aberto para OUVIR Deus... SENTIR Deus.
Depressão...
Acreditem, não é uma forma de chamar a atenção!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

POR QUE?!

Conheço o fundo do poço, é muito triste lá. Vazio, cinzento, úmido, tem-se a sensação de que o ar não se movimenta, que as folhas estão paradas, o ar é pesado demais. Não há esperança lá. O tempo parece não passar. Por mais que estejamos rodeados de pessoas, nos sentimos completamente sós. As lágrimas são tão doloridas quando estamos lá, o coração parece que sangra, e acreditem, dói!
Graças ao nosso Deus, esse poço tem fim. Sim, tem fim! E quando conseguimos enxergar algo além da nossa tristeza, vemos que podemos subir novamente. É difícil, pois estamos enfraquecidos, mas a força vem, com certeza. Mas, precisamos pedir, pedir com fé. Colocarmo-nos em uma posição humilde, como nunca talvez, tenhamos sido, e procurarmos ajuda, então, Deus se mostrará pra nós em diversos rostos e formas.
Senhor, eu aprendi isso. Pelo menos, nesse momento eu tenho essa certeza. Mas por que, por que minha amiga não conseguiu enxergá-lo?! Por que?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Linha tênue

Ontem meu coração doía. Sentia-me esmagada, oprimida. A tão conhecida tristeza estava batendo à minha porta. Mas por quê?! Como saber? Intuição... Crise... Depressão me visitando... Só sei que doía.
A conhecida "voz" insistia em cochichar: "Vai lá! Vai ver sua amiga. Telefona!" Mas, infelizmente dessa vez não dei ouvido.
Agora culpo-me, pois nesse exato momento em que a "voz" me chamava, minha amiga resolveu tomar um coquetel de chocolate com 70 comprimidos, entre eles, sedativos e estabilizadores do humor.E não havia ninguém lá.
Ela chamou, clamou, ninguém ouviu.
Agora, uma linha tênue segura minha querida amiga ainda à essa dimensão.


" Vivo em constante guerra comigo mesma e
quem têm  vencido as batalhas, acaba sendo o perdedor. "

10.01.2011